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domingo, 6 de maio de 2012

DIÁLOGOS





PROGRAMA DO AMOR ( Autor desc.)

 

E no Setor de "Atendimento ao Cliente"...
Atendente: Boa tarde Senhora. Em que lhe posso ser útil?
Cliente: Comprei o seu programa AMOR, mas até agora não consegui instalar.
Eu não sou técnica no assunto, mas acho que posso instalar com a sua ajuda.
O que eu devo fazer primeiro?
Atendente: O primeiro passo é abrir o seu CORAÇÃO. A senhora encontrou seu CORAÇÃO?
Cliente: Sim, encontrei. Mas há diversos programas funcionando agora.
Tem algum problema em instalar o AMOR enquanto outros programas estão funcionando?
Atendente: Que programas estão funcionando, senhora?
Cliente: Deixe-me ver... Eu tenho BAIXAESTIMA.EXE, RESSENTIMENTO.COM, ÓDIO.EXE e
RANCOR.EXE funcionando agora.
Atendente: Nenhum problema. O AMOR apagará automaticamente RANCOR.EXE de seu sistema
operacional atual. Pode ficar em sua memória permanente, mas não vai causar problemas
por muito tempo para outros programas. O AMOR vai reescrever BAIXAESTIMA.EXE em uma
versão melhor, chamada AUTOESTIMA.EXE. Entretanto, a senhora tem que desligar
completamente o ÓDIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM. Esses programas impedem que o AMOR seja
instalado corretamente. A senhora pode desligá-los?
Cliente: Eu não sei como desligá-los. Você pode me dizer como?
Atendente: Com prazer! Vá ao Menu e clique em PERDÃO.EXE. Faça isso quantas vezes
forem necessárias, até o ÓDIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM serem apagados completamente.
Cliente: Okay! Terminei! O AMOR começou a instalar-se automaticamente. Isso é normal?
Atendente: Sim, é normal. A senhora deverá receber uma mensagem dizendo que
reinstalará a vida de seu coração. A senhora tem essa mensagem?
Cliente: Sim, eu tenho. Está completamente instalado?
Atendente: Sim. Mas lembre-se: a senhora só tem o programa de modelo básico. A senhora
precisa começar a se conectar com outros CORAÇÕES a fim de obter melhoramentos.
Cliente: Oh! Meu Deus! Eu já tenho uma mensagem de erro. Que devo fazer?
Atendente: O que diz a mensagem?
Cliente: Diz: "ERRO 412 - O PROGRAMA NÃO FUNCIONA EM COMPONENTES INTERNOS". O que isso
significa?
Atendente: Não se preocupe, senhora. Este é um problema comum. Significa que o
programa do AMOR está ajustado para funcionar em CORAÇÕES externos, mas ainda não
está funcionando em seu CORAÇÃO. É uma daquelas complicadas coisas de programação,
mas em termos não técnicos, significa que a senhora tem que "AMAR" sua própria
máquina antes que possa amar outra.
Cliente: Então, o que devo fazer?
Atendente: A senhora pode achar o diretório chamado "AUTO-ACEITAÇÃO"?
Cliente: Sim, encontrei.
Atendente: Excelente! A senhora está ficando ótima nisso!
Cliente: Obrigada!
Atendente: De nada. Faça o seguinte: clique nos arquivos BONDADE.DOC, AUTOESTIMA.TXT,
VALORIZE-SE.TXT, PERDÃO.DOC e copie-os para o diretório "MEU CORAÇÃO". O sistema irá
reescrever todos os arquivos em conflito e começará a consertar a programação
defeituosa. Também a senhora precisa apagar AUTOCRÍTICA.EXE de todos os diretórios e
depois esvazie a sua lixeira para certificar-se de que nunca voltem.
Cliente: Consegui! Meu CORAÇÃO está cheio de arquivos realmente puros! Eu tenho no
meu monitor, agora, o SORRISO.MPG e está mostrando que PAZ.EXE, CONTENTAMENTO.COM e
BONDADE.COM foram instalados automaticamente no meu CORAÇÃO.
Atendente: Então, terminamos! O AMOR está instalado e funcionando, Ah! Mais uma coisa
antes de eu ir.
Cliente: Sim?
Representante: O AMOR é um programa grátis. Faça o possível para distribuir uma cópia
de seus vários modelos a quem a senhora encontrar e, dessa forma, a senhora receberá
de volta dessas pessoas novos modelos verdadeiramente puros.
Cliente: Obrigada pela sua ajuda!
 
 
 


Os
 quatro elementos( Autor desc.)  

       
 Quatro velas queimavam calmamente. O ambiente estava tão silencioso que era
possível ouvir o diálogo que travavam. A primeira disse:
       
- A criança, com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu as outras.

- Eu sou a Paz! Apesar de minha luz,

 pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar. - E diminuindo devagarinho, apagou totalmente.

- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando. - Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, que se apagou.
 

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:

- Eu sou o Amor! Não tenho mais força para queimar. As pessoas me deixam, esquecem até daquelas que lhes amam. - E sem esperar apagou-se.




De repente... Entrou uma criança e viu as três
velas apagadas.




- O que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim. - Dizendo isso, começou a chorar.

Então a quarta vela falou:

- Não tenha medo, criança. Enquanto eu estiver queimando poderemos acender as outras velas. Eu sou a Esperança!
A CEGUEIRA DO AMOR



Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos e qualidades do homem, em um lugar da Terra.
Quando o Aborrecimento já havia reclamado pela terceira vez, a Loucura, como sempre tão louca, lhe propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A Intriga levantou a sobrancelha e a Curiosidade, sem poder se conter perguntou:
- Esconde-esconde? O que é isto?
É um jogo - explicou a Loucura, - em que eu fecho meus olhos, conto até um milhão, enquanto vocês se escondem. Quando eu terminar de contar começo a procurá-los, e o primeiro que eu encontrar ocupa o meu lugar no jogo.
O Entusiasmo dançou, seguido pela Euforia. A Alegria deu tantos saltos que acabou convencendo a Dúvida e até a Apatia que nunca se interessava por nada. Mas nem todos participaram, a Verdade preferiu não se esconder - "Prá que se no final todos me descobrem?" Disse a Verdade.
A Soberba opinou que era um jogo muito tolo (no fundo o que a incomodava era que a idéia não tinha sido dela) e a Covardia preferiu não se arriscar.
Um, dois, três... - começou a contar a Loucura.
A primeira a se esconder foi a Pressa que, como sempre, caiu atrás da primeira pedra no caminho. A Fé subiu ao céu e a Inveja se escondeu atrás da sombra do Triunfo, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da mais alta árvore.
A Generosidade quase não conseguia se esconder, pois cada local que achava lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos, ao contrário do Egoísmo, que encontrou um ótimo lugar só para ele.
A Mentira se escondeu no fundo do oceano (mentira! Foi atrás do arco-íris).
O Esquecimento, não me recordo onde se escondeu. Quando a Loucura estava lá pelo 999.999, o Amor ainda não havia achado um lugar para se esconder, pois todos estavam ocupados. Até que encontrou um roseiral e decidiu ocultar-se entre as rosas.
Um milhão! - terminou de contar a Loucura e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a Pressa, apenas a três passos de uma pedra.
Depois escutou a Fé discutindo com Deus sobre teologia. Em um descuido encontrou a Inveja e, claro, pôde deduzir onde estava o Triunfo.
O Egoísmo não precisou ser procurado saiu correndo de seu esconderijo, que era um ninho de vespas.
A Dúvida foi mais fácil, encontrou-a sentada em uma cerca sem decidir de que lado se esconder.
E assim foi encontrando a todos: O Talento, nas ervas frescas; a Angústia, em uma cova escura...
Apenas o Amor não aparecia. Quando a Loucura estava dando-se por vencida, encontrou o roseiral, pegou uma forquilha e começou a mover os ramos.
No mesmo instante ouviu-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o Amor nos olhos. A Loucura não sabia o que fazer para se desculpar. Chorou, rezou, implorou e até prometeu ser seu guia.
Desde então, o Amor é cego e a Loucura sempre o acompanha. ( Autoria desconhecida)






Sem Rumo, mas com Direção




Aquela era uma noite como outra qualquer para aquele moço cego que voltava para casa pelo mesmo roteiro de sempre, há três anos. Ele seguia tateando com sua bengala para identificar os acidentes do caminho, que eram  seus pontos de referência, como todo deficiente visual.

Mas, naquela noite, uma mudança significativa havia acontecido no seu caminho: um pequeno arbusto, que lhe servia de ponto de referência e estava ali pela manhã, fora arrancado.

A rua estava deserta e ele não conseguia mais encontrar o rumo de casa.
Andou por algum tempo, e percebeu que havia se afastado bastante da sua rota, pois verificou que estava numa ponte sobre o rio que separa a sua cidade da cidade vizinha.

Era preciso encontrar o caminho de volta. Mas como, sem o auxílio da visão? Começou a tatear com sua bengala, quando uma voz trêmula de mulher lhe indagou:
- O senhor está encontrando alguma dificuldade?

- Acho que me perdi, respondeu o rapaz.

- Foi o que pensei, comentou a mulher.

- Quer que o acompanhe a algum lugar?

O rapaz lhe deu o endereço e ela, oferecendo-lhe o braço, o conduziu até à porta de casa.

- Não sei como lhe agradecer, falou o moço.

- Eu é que lhe devo um sincero agradecimento, respondeu ela, já com voz firme.

- Não compreendo, retrucou o rapaz.

E a jovem senhora então explicou:
- Há uma semana meu marido me abandonou. Eu estava naquela ponte para me suicidar, pois geralmente àquela hora está deserta. Aí encontrei o senhor tateando sem rumo e mudei de idéia.

A mulher disse boa noite, agradeceu mais uma vez, e desapareceu na rua deserta.

*************
Também, em nossas vidas, talvez tenhamos passado por experiências semelhantes à das personagens dessa história. Quantas vezes já não sentimos vontade de sumir, de pôr um fim ao sofrimento que nos visita e um braço amigo nos sustentou antes da queda.

Ou, quiçá, já tenhamos nos sentido perdido, sem rumo, sem esperança, e uma voz se fez ouvir e nos indicou uma saída. Quem já não se sentiu numa situação assim, vivendo ora como o socorro que chega, ora como o socorrido?

Tudo isso nos dá a certeza de que nunca estamos sós.

Alguém invisível vela por nós e nos oferece um braço amigo nas horas de desespero. Ou, então, inspira-nos a oferecer nosso apoio a alguém que está à beira do abismo.

 

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