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segunda-feira, 14 de maio de 2012

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA SEGUNDO A TEORIA DE AUSUBEL E OUTRO PENSADORES.


APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA


    A perspectiva cognitiva clássica da aprendizagem significativa é a proposta por David
Ausubel na década de sessenta (Ausubel, 1963; 1968) e por ele reiterada mais recentemente
(Ausubel, 2000, 2003).
    Segundo a  teoria da aprendizagem de Ausubel  “propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados,
para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz” Na visão clássica, aquilo que o aprendiz já sabe é o mais importante fator isolado que influencia a aprendizagem. Naturalmente, então, o ensino deve, necessariamente, ser conduzido de acordo.

Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da aprendizagem de David Ausubel.A partir de um conceito geral (já incorporado pelo aluno) o conhecimento pode ser construído de modo a liga-lo com novos conceitos facilitando a compreensão das novas informações o que dá significado real ao conhecimento adquirido. As ideias novas só podem ser aprendidas e retidas de maneira útil caso se refiram a conceitos e proposições já disponíveis, que proporcionam as âncoras conceituais.

      Segundo Marco Antônio Moreira "a aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se, de maneira substantiva (não-literal) e não  arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo". Em outras palavras, os novos conhecimentos que se adquirem relacionam-se com o conhecimento prévio que o aluno possui. Ausubel define este conhecimento prévio como "conceito subsunçor" ou simplesmente "subsunçor". 

     Os subsunçores são estruturas de conhecimento específicos que podem ser mais ou menos abrangentes de acordo com a frequência com que ocorre aprendizagem significativa em conjunto com um dado subsunçor.
 Em outra palavras, conhecimento prévio é simplesmente saber algo antes de aprender ou fazer, o modo como se aprende não importa, pode ser sozinho ou com alguém.
    A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. 
Como diz   GOULART:
“uma aprendizagem deve ser significativa, isto é, deve ser algo significante, pleno de sentido, experimental, para a pessoa que aprende. [...] Rogers caracterizou a aprendizagem significativa como autodenunciada, penetrante, avaliada pelo educando e marcada pelo desenvolvimento pessoal.” (GOULART, 2000)

   Ou seja, Para que a aprendizagem significativa ocorra é preciso entender um processo de modificação do conhecimento, em vez de comportamento em um sentido externo e observável, e reconhecer a importância que os processos mentais têm nesse desenvolvimento.


  As ideias de Ausubel também se caracterizam por basearem-se em uma reflexão específica sobre a aprendizagem escolar e o ensino, em vez de tentar somente generalizar e transferir à aprendizagem escolar conceitos ou princípios explicativos extraídos de outras situações ou contextos de aprendizagem.

Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o
aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo.

 Outros autores mais recentes tratam acerca da aprendizagem significativa de forma similar, embora hajam pequenas diferenças como Ausubel, Novak e Hanesian (1978), Thagard (1992) ou Vosniadou (1994). Apesar de algumas diferenças, os autores tratam de aprendizagem significativa partindo dos mesmos pressupostos teóricos de Rogers.
Podemos citar PAZO quando diz que:

     “A aprendizagem significativa implicará sempre tentar assimilar explicitamente os materiais de aprendizagem [...] a conhecimentos prévios que em muitos casos consistem em teoria implícitas ou representações sociais adquiridas por processos igualmente implícitos. Nesse processo de tentar assimilar ou compreender novas situações, ocorre não só um crescimento ou expansão desses conhecimentos prédios, como também, como consequência desses desequilíbrios ou conflitos entre os conhecimentos prévios e a nova informação, um processo de reflexão sobre os próprios conhecimentos, que, conforme sua profundidade [...] pode dar lugar a processos de ajuste, por generalização e discriminação, ou reestruturação, ou mudança conceitual [...] dos conhecimentos prévios.” (POZO, 2002).

 Tomando por base as palavras de PAZO,acreditamos em uma prática pedagógica que privilegia a máxima interação do educando com cada conteúdo proposto, permitindo a vivência e a experimentação. Com isso, proporcionamos uma aprendizagem prazerosa, estimulante e repleta de significados. O aprendizado torna-se muito mais agradável quando os exercícios são atrativos e estimulantes.
    Para Ausubel, o ser humano tem a grande capacidade de aprender sem ter que descobrir. Exceto em crianças pequenas, aprender por recepção é o mecanismo humano por excelência para aprender. As novas informações, ou os novos significados, podem ser dados
diretamente, em sua forma final, ao aprendiz. É a existência de uma estrutura cognitiva prévia
adequada (subsunçores especificamente relevantes) que vai permitir a aprendizagem
significativa (relacionamento não arbitrário e substantivo ao conhecimento prévio). Mas a
aprendizagem por recepção não é instantânea, requer intercâmbio de significados.
 A aprendizagem significativa é a informação que amarra em materiais previamente aprendidos e é imediatamente útil para o aluno.




FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
  • MOREIRA, Marco Antônio (1999). Aprendizagem significativa. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
  • MOREIRA, Marco Antônio (1999). Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda.
  •  AUSUBEL, D.P. (2003). Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva
    cognitiva. Lisboa, Plátano Edições Técnicas. Tradução ao português de Lígia Teopisto, do
    original The acquisition and retention of knowledge: a cognitive view. 219 p.
    AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.
  •         GOULART, Iris B. Psicologia da Educação: Fundamentos teóricos. Aplicações à prática pedagógica. 7º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, 2000
  • MOREIRA, M.A. (2006). Mapas conceituais e diagramas V. Porto Alegre, Ed. do Autor.
    103p.
  • PA ZO, J. I. Aprendizes e mestres. A nova cultura da aprendizagem. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre. Art Méd editora, 2002.


13 comentários:

  1. Ola . Foi muito importante conhecer seu Blog, as ideias aqui contidas, os autores, conceitos e comentários muito importantes. Parabéns. A aprendizagem significativa é prazerosa,inteligente e nada "mecanica"quando bem conduzida . Abraços.

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