Refletir é uma forma de se reconhecer e entender a essência que nos forma.
A reflexão é um excelente exercício para buscarmos o melhor que temos em nós e, assim nos tornamos pessoas que realmente se conhecem.
Solução interior
“ Um homem escutou falar de um grande mestre que morava na
Pérsia. Vendeu todas as suas coisas, despediu-se da família e foi em busca da
sabedoria.
Depois
de anos viajando, conseguiu chegar diante da cabana do mestre. Cheio de temor e
respeito, aproximou-se e bateu. O mestre
abriu a porta.
-Venho
da Turquia. Estou viajando há vários anos só para lhe fazer uma pergunta.
-Está
bem. Pode fazer apenas uma pergunta.
-Preciso
ser claro no que vou perguntar. Posso falar em turco?
-Pode –
disse o sábio, e já respondi sua única pergunta. Qualquer outra que você quiser fazer, pergunte ao seu coração. Ele lhe dará a melhor
resposta sempre.
E fechou a porta.
Com o
tempo, o viajante percebeu que recebera uma sábia lição, pois geralmente
buscava as soluções dos seus problemas longe de si, quando, na verdade, todas
as orientações e ajuda de que necessitava encontravam-se no seu interior.(As
Fonte: Belas parábolas de todos os tempos – Editora leitura)
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia todas as pretendentes numa recepção especial, na qual revelaria os pormenores do desafio. Uma senhora idosa, serva no palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar a casa e contar o facto à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à recepção, e indagou incrédula: «Minha filha, o que vais lá fazer? Estarão presentes as mais belas e ricas raparigas da corte. Tira essa ideia da cabeça. Eu sei que tu deves estar a sofrer, mas não transformes o sofrimento em loucura.»
E a filha respondeu: «Não, querida mãe, eu não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é a minha oportunidade de ficar alguns momentos perto do príncipe, e isso já me torna feliz.»
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de facto, as mais belas raparigas, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, o príncipe anunciou o desafio: «Darei, a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será a escolhida para minha esposa e futura imperatriz da China.»
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito o principio de "cultivar" algo, como costumes, amizades, relacionamentos, etc...
O tempo passou e a doce jovem, sem experiência na arte da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura da sua semente, acreditando que, se a beleza da flor fosse proporcional ao seu amor, ela não precisaria de se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tentara tudo, usara todos os métodos que conhecia, mas nada nascera. Dia após dia, ela via cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, passado os seis meses, nada rebentou. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, voltaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
À hora marcada lá estava, com o vaso vazio, junto às outras pretendentes, cada uma com uma flor, qual delas a mais bela. Admirada, não parava de olhar a beleza, as formas e as cores das flores das suas companheiras.
O príncipe chegou e observou cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica que a jovem do vaso vazio é a sua futura esposa. Os presentes ficam surpresos e incrédulos. Ninguém compreendia a escolha do príncipe: precisamente aquela que nenhuma flor apresentara.
Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
«Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.»
É caros amigos, a verdade sempre aparece, em algum momento a mentira é descoberta. Que possamos acreditar que quando fizemos o nosso melhor a recompensa virá, o importante é ser humilde e verdadeiro.
A PARÁBOLA DA CASA EM CHAMAS
Capítulo Hiyu do Sutra de Lótus
A sua mansão era suficientemente grande para quinhentas pessoas viverem confortavelmente. Contudo, a casa estava se tornando velha. Suas vigas, paredes e pilares e base estavam se tornando decadentes, começando a cair em pedaços.
Os filhos do rico, contudo, gostavam de brincar nesta decrépita casa. Um dia irrompeu um incêndio e propagou-se rapidamente por toda a casa, mas os filhos estavam totalmente absortos em brincadeiras, e não tinham a mínima ideia de que havia um incêndio.
Desenho de Sandro Neto Ribeiro
Poderão brincar com elas até se satisfazerem completamente. Agora saiam e eu as darei a vocês."
"Assim, o rico deu a cada um dos filhos uma carreta que, na realidade, era mais bonita do que as que esperavam. Cada uma das suas carretas era puxada por um grande boi branco e decorada com sete espécies de materiais preciosos.
Elas eram bem maiores e mais bonitas do que qualquer uma das prometidas. O pai observou os filhos desfrutando das suas novas carretas e pensou consigo mesmo:
"Minhas riquezas são imensuráveis e amo todos os meus filhos igualmente. Não posso lhes dar veículos inferiores. Tenho riquezas suficiente para dar carretas de boi branco a todas as pessoas no meu país; portanto, certamente darei as mesmas aos meus próprio filhos."
EXPLANAÇÃO
O Buda usa de vários meios para salvar os seus filhos queridos das chamas do sofrimento. Na parábola, o rico usou as três espécies de carretas como um meio para salvar os filhos do incêndio.
Nos ensinos do Buda, as três carretas representam os três veículos da Erudição, Absorção e Bodhisatva. Sakyamuni tinha exposto os três veículos como metas da vida antes que seus filhos fossem capazes de ouvir o Sutra de Lótus.
Com os ensinos dos três veículos, Sakyamuni gradualmente fez as pessoas adquirirem a capacidade de crer e compreender o Sutra de Lótus.
Nos Últimos Dias da Lei, o supremo veículo é o Gohonzon das Três Grandes Leis Secretas - o veículo capaz de levar todas as pessoas do mundo a iluminação.
O que é especialmente notável a respeito da parábola acima mencionada e o fato de que a vida diária do homem é comparada a brincar numa casa em chamas.
Os filhos brincavam totalmente despercebidos do incêndio, e mesmo quando o pai lhes advertiu sobre ele, não compreenderam o que queria dizer. Isto simboliza o fato de que as pessoas absortas em busca dos prazeres imediatos que não podem ver os inevitáveis resultados das suas ações.
Elas não compreendem que a lei da causa e efeito governa toda a vida e fazem desesperados esforços para ter lucro, poder e fama.
Contudo, elas estão somente criando o carma que as levará ao arrependimento a longo prazo. Embora a parábola tenha sido contada às pessoas da Índia antiga há muito, dá-nos uma notável e precisa descrição da vida de hoje.
FONTE DO TEXTOAs Mais Belas Histórias Budistas, página criada por Sandro Neto Ribeiro.
O Evangelho segundo João narra uma intrigante passagem da vida do Cristo. O Mestre Divino, ao passar pela Samaria, assentou-Se junto à fonte de Jacó. Pediu a uma mulher que lá estava que Lhe desse de beber. A samaritana ficou escandalizada por um judeu lhe dirigir a palavra. Jesus respondeu que, se soubesse com quem falava, ela é que Lhe pediria água viva. Ante a incompreensão da interlocutora, ressaltou que quem bebe da água viva nunca mais tem sede. Segundo a narrativa, a mulher ainda demonstrou dúvida a respeito de qual local seria o melhor para adorar a Deus ao que o Cristo lhe respondeu que Deus deve ser adorado em Espírito e Verdade. Essa passagem evangélica é um tanto hermética e comporta várias leituras. Uma delas é que a água viva refere-se a uma nova forma de compreensão da Divindade. Até então, vigorava a idéia de um Deus dos exércitos, que precisava ser temido. Segundo a concepção vigorante, Ele se encolerizava, castigava terrivelmente e devia ser agradado e aplacado. Jesus apresentou ao mundo um Deus amoroso, ao qual chamou Pai. Não se tinha mais um soberano terrível no comando do Universo. Agora já havia um Pai cheio de amor e infinito em Seus cuidados. Essa sagrada emoção do amor Divino possui o condão de repletar as criaturas de paz. As necessidades e agruras materiais passam a ser vistas por outra concepção. Elas não são mais um castigo, mas uma tarefa e uma oportunidade. A Divindade piedosa e cheia de compaixão deseja que o bem se instaure no Cosmo. Ela almeja a transformação de Seus filhos e a salvação de absolutamente todos. Para tanto, faculta-lhes trabalhos e tarefas, a fim de que cresçam, aprendam e se libertem de velhos vícios. Não há mais espaço para disputas religiosas, a partir do instante em que se compreende a proposta Divina para a Humanidade. Não há favoritos e nem perseguidos, mas filhos amados. Todos são irmãos e absolutamente todos se salvarão. A certeza desse maravilhoso amor a aquecer a Criação inteira traz paz e esperança. Não é mais preciso temer o futuro e o destino. Tudo se encaminha para o mais alto bem, ainda que de forma pouco compreensível no imediatismo da vida terrena. O relevante é amar o semelhante e instruir-se na compreensão da vida, a fim de ser um agente do progresso que gradualmente se instaura. Trata-se de uma água viva, plena de fervor e idealismo. Ela propicia o apagar das paixões e o arrefecer do egoísmo. Faz cessar para sempre a sede de sensações. Apresenta um propósito de vida viável e plenificador: ser melhor, mais útil e generoso a cada dia.Pense nisso. |
muitos tipos de árvores frutíferas e muito peixe. O homem rico começou a andar
pela ilha e encontrou um caboclo deitado numa rede, olhando para aquele mar
muito azul. Chegou bem perto do caboclo
e puxou conversa:
Muito bonito tudo por aqui...
É... - disse o caboclo, sem tirar os
olhos daquele mar.
Tem muito peixe esse mar?
É só jogar a rede e você pegará quantos
quiser.
Por quê você não pesca bastante?
que?
Para que?
Com o dinheiro desses peixes, você compra um barco maior, vai mais no fundo e
pega mais peixe ainda.
Para que?
Com o dinheiro você compra mais um barco, pega mais peixe e ganha mais
dinheiro.
Para que?
Você vai juntando cada vez mais dinheiro, compra cada vez mais barcos, até
chegar o dia em que você terá uma indústria de pesca.
Para que?
Ora, homem, você será um homem poderoso, um homem rico, terá tudo que quiser, tudo que sonhar, poderá
comprar um iate como o meu, poderá comprar uma ilha como esta e, então, ficar o
resto da vida descansando sem preocupações...
E o que é que estou fazendo agora?
O lenhador e a raposa
A diferença entre o céu e no inferno
É uma avó que conta que, certo dia, sua filha lhe telefonou do Pronto-Socorro. Sua neta, Robin, de apenas seis anos, tinha caído de um brinquedo, no pátio da escola, e havia ferido gravemente a boca.
A avó foi buscar as irmãs de Robin na escola e passou uma tarde agitada e muito tensa, cuidando das crianças, enquanto aguardava que a filha retornasse com a menina machucada.
Quando finalmente chegaram, as irmãs menores de Robin correram para os braços da mãe. Robin entrou silenciosa na casa e foi se sentar na grande poltrona da sala de estar.
O médico havia suturado a boca da menina com oito pontos internos e seis externos. O rosto estava inchado, a fisionomia estava modificada e os fios dos cabelos compridos estavam grudados com sangue seco.
A garotinha parecia frágil e desamparada. A avó se aproximou dela com o máximo cuidado. Conhecia a neta, sempre tímida e reservada.
“Você deseja alguma coisa, querida?”, perguntou.
Os olhos da menina fitaram a avó firmemente e ela respondeu:
“Quero um abraço.”
* * *
À semelhança da garotinha machucada, muitas vezes desejamos que alguém nos tome nos braços e nos aninhe, de forma protetora.
Quando o coração está dilacerado pela injustiça, quando a alma está cheia de curativos para disfarçar as lesões afetivas, gostaríamos que alguém nos confortasse.
Quando dispomos de amores por perto, é natural que os busquemos e peçamos: “Abrace-me. Escute-me. Dê-me um pouco de carinho. Um chá de ternura.”
Contudo, quando somos nós que sempre devemos confortar os outros, mais frágeis que nós mesmos, ou quando vivemos sós, não temos a quem pedir tal recurso salutar.
Então, quando estivermos ansiosos por um abraço consolador nos nossos momentos de cansaço, de angústia e de confusão, pensemos em quem é o responsável maior por nós.
Quando não tivermos um amigo a quem telefonar para conversar, conversemos com Nosso Pai. Sirvamo-nos dos recursos extraordinários da oração e digamos tudo o que Ele, como Onisciente, já sabe, mas que nós desejamos contar para desabafar, aliviar a tensão interna.
Falemos das nossas incertezas e dos nossos dissabores, sobre as nossas decepções e nossos desacertos e nos permitamos sentir o envolvimento do Seu abraço de Pai amoroso e bom.
Não importa como o chamemos: Pai, Deus, Criador, Divindade. O importante é que abramos a nossa intimidade e nos permitamos ser acarinhados por Ele.
Ele sempre está pronto para abraçar Seus filhos, sem impor condições.
E se descobrirmos que faz muito tempo que não sentimos esse abraço Divino, tenhamos a certeza de que faz muito tempo que não o pedimos.
* * *
Victor Hugo, poeta e romancista francês, escreveu um dia: “Tenha coragem para lidar com as grandes tristezas da vida. E paciência para lidar com as pequenas.
E, depois de ter cumprido laboriosamente sua tarefa diária, vá dormir em paz.
Deus continua acordado.”
Pensemos nisso. Deus está sempre acordado, e velando por nós.r pessoas com colheres de cabos desproporcionais e uma grande panela de ensopado no centro de cada mesa. A única e essencial diferença entre aquele grupo de pessoas e o que eles tinham acabado de deixar, era que as pessoas neste grupo estavam usando suas colheres para alimentar uns aos outros.
Olá Lourdes!
ResponderExcluirAdorei seu blog.
Visite a minha página no facebook
http://www.facebook.com/pages/Di%C3%A1rio-de-Uma-Professora/165446630270525?ref=hl
Oi Ana Maria, obrigada pela visita, irei te encontrar no fece. Volte sempre.
ExcluirMuito bom. Mas está faltando referenciar muitas parábolas. Grato.
ResponderExcluirObrigada pela visita, mas aconteceu um equivoco, as citações foram escritas e nas que desconheço a autoria , foram marcadas.
ResponderExcluirGosto muito de parábolas e tenho em meus arquivos uma coletânea delas. Sempre me recorro a elas para reforçar os meus argumentos quando me preponho a dar palestras, e os resultados são altamente positivos. Afinal, sou um garimpeiro de parábolas e conheço a grande maioria das que circulam em nosso meio. As que li nesta página são muito boas, porém minhas velhas conhecidas, mas relembrá-las é muito bom. Wenceslau da Cunha
ResponderExcluirGosto muito de parábolas e tenho em meus arquivos uma coletânea delas. Sempre me recorro a elas para reforçar os meus argumentos quando me preponho a dar palestras, e os resultados são altamente positivos. Afinal, sou um garimpeiro de parábolas e conheço a grande maioria das que circulam em nosso meio. As que li nesta página são muito boas, porém minhas velhas conhecidas, mas relembrá-las é muito bom. Wenceslau da Cunha
ResponderExcluir