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sábado, 14 de julho de 2012

A MENSAGEM É LONGA MAS POR FAVOR LEIA:"EM BUSCA DE DEUS"

EM BUSCA DE DEUS
 Publicado no sites: TEXTOS LEGAIS

Um dia, há muitos anos atrás, eu estava de pé na porta da sala, esperando meus alunos entrarem para nosso primeiro dia de aula do semestre.
Foi aí que vi Tom, pela primeira vez. Não consegui evitar que meus olhos piscassem de espanto.

Ele estava penteando seus cabelos longos e muito loiros que batiam uns vinte centímetros abaixo dos ombros.

Eu nunca vira um rapaz com cabelos tão longos. Acho que a moda estava apenas começando nessa época. Mesmo sabendo que o que importa não é o que está fora, mas o que vai dentro da cabeça, naquele dia eu fiquei um pouco chocado.

Imediatamente classifiquei Tom com um "E" de estranho... muito estranho!

Tommy acabou se revelando o "ateísta de plantão" do meu curso de Teologia da Fé.

Constantemente,  fazia objeções ou questionava sobre a possibilidade de existir um  Deus-Pai que nos amasse incondicionalmente.Convivemos em relativa paz durante o semestre, embora eu tenha que admitir que às vezes ele era bastante incômodo.No fim do curso, ele se aproximou e me 
perguntou,num tom ligeiramente irônico:

- O senhor acredita mesmo que eu possa encontrar Deus algum dia?

Resolvi usar uma terapia de choque:
- Não, eu não acredito! -respondi.

- Ah! - ele respondeu - Pensei que era este o produto que o senhor esteve tentando nos vender nos últimos meses.

Eu deixei que ele se afastasse um pouco e falei, bem alto:

- Eu não acredito que você consiga encontrar Deus, mas tenho
absoluta certeza de que Ele o encontrará um dia.

Ele deu de ombros e foi embora da minha sala e da minha vida.

Algum tempo depois soube que Tommy tinha se formado e, em seguida, recebi uma notícia triste: ele estava com um câncer terminal.
E antes que eu resolvesse se ia à sua procura, ele veio me ver.

Quando entrou na minha sala, percebi que seu físico tinha sido 
devastado pela doença e que os cabelos longos não existiam mais, devido à quimioterapia.

Entretanto, seus olhos estavam brilhantes e sua voz era firme, bem diferente daquele garoto que conheci.

- Tommy, tenho pensado em você. Ouvi dizer que está doente! - falei.

- Ah, é verdade, estou seriamente doente.

Tenho câncer nos dois pulmões. É uma questão de semanas, agora.

- Você consegue conversar bem a esse respeito?

- Claro, o que o senhor gostaria de saber?

- Como é ter apenas vinte e quatro anos e saber que está morrendo?

- Acho que poderia ser pior.

- Como assim?

- Bem, eu poderia ter cinquenta anos e não ter noção de valores ou ideais, ou ter sessenta anos e pensar que bebida, mulheres e dinheiro são as coisas mais  "importantes" da vida.

Lembrei-me da classificação que atribuí a ele: "E" de "estranho" (parece que as pessoas que  recebem classificações desse tipo, são enviadas de volta por Deus para que eu possa repensar o assunto).

- Mas a razão pela qual eu realmente vim vê-lo - disse Tom - foi a frase que o senhor me disse no último dia de aula. (Ele se lembrava!...)
Tom continuou: - Eu lhe perguntei se o senhor acreditava que eu encontraria Deus algum dia  e o senhor respondeu 'Não', o que me surpreendeu. Em seguida, o senhor disse, "mas Ele o encontrará". Eu pensei um bocado a respeito daquela frase, embora na época não estivesse muito interessado no assunto.

Mas quando os médicos removeram um nódulo da minha virilha e me  disseram que se tratava de um tumor maligno, comecei a pensar com mais seriedade sobre a ideia de procurar Deus.
E quando a doença se espalhou por outros órgãos, eu comecei
realmente a dar murros desesperados nas portas de bronze do 
paraíso.

Mas Deus não apareceu. De fato, nada aconteceu. O senhor já tentou fazer alguma coisa por um longo período, sem sucesso? A gente fica cansado, desanimado. Um dia, ao invés de continuar atirando apelos por cima do muro alto atrás de onde Deus poderia estar... ou não... eu desisti, simplesmente.

Decidi que de fato não estava me importando... com Deus, com uma possível vida eterna ou qualquer coisa parecida. E decidi utilizar o tempo que me restava fazendo alguma coisa mais proveitosa.

Pensei no senhor e nas suas aulas e me lembrei de uma coisa que o senhor havia dito noutra ocasião:

"A tristeza mais profunda, sem remédio, é passar pela vida sem amar. Mas é quase tão triste passar pela vida e deixar este mundo sem jamais ter dito às pessoas queridas o quanto você as amou."

Então resolvi começar pela pessoa mais difícil: meu pai. Ele estava lendo o jornal quando me aproximei dele:

- Papai...eu disse.

- Sim, o que é? - ele perguntou, sem baixar o jornal.

- Papai, eu gostaria de conversar com você.

- Então fale.

- É um assunto muito importante!

O jornal desceu alguns centímetros, vagarosamente.

- O que é?

- Papai, eu o amo muito. Só queria que você soubesse disso.

O jornal escorregou para o chão e meu pai fez duas coisas que eu jamais havia visto: Ele chorou e me abraçou com força e conversamos durante toda à noite, embora ele tivesse que ir trabalhar na manhã seguinte.

Foi tão bom poder me sentar junto do meu pai, conversar, ver suas lágrimas, sentir seu abraço, ouvi-lo dizer que também me amava!...

Foi uma emoção indescritível!

Foi mais fácil com minha mãe e com meu irmão mais novo. Eles choraram também e nós nos abraçamos e falamos coisas realmente boas uns para os outros. Falamos sobre as coisas que tínhamos mantido em segredo por tantos anos, e que era tão bom partilhar. Só lamentei uma coisa: que eu tivesse desperdiçado tanto tempo, me privando de momentos tão especiais. Naquela hora eu estava apenas começando a me abrir com as pessoas que amava.

Então, um dia, eu olhei, e lá estava ELE.

Ele não veio ao meu encontro quando lhe implorei.

Acredito que estava agindo como um domador de animais que, segurando um chicote, diz: - Vamos, pule! Eu lhe dou três dias.. três semanas... Parece que Deus não se deixa impressionar.

Ele age a Seu modo e a Seu tempo.

Mas o que importa é que Ele estava lá. Ele me encontrou... O senhor estava certo. Ele me encontrou mesmo depois de eu ter desistido de procurar por Ele.

 Tommy - eu disse, bastante comovido - o que você está dizendo é muito mais importante e muito mais universal do que você pode imaginar.

Para mim, pelo menos, você está dizendo que a maneira certa de encontrar Deus, não é fazendo Dele um bem pessoal, uma solução para os nossos problemas ou um consolo em tempos difíceis, mas sim se tornando disponível para o verdadeiro Amor. O apóstolo José disse isto: "Deus é Amor e aquele que vive no Amor, vive com Deus e Deus vive com ele".

- Tom, posso pedir-lhe um favor? Você sabe que me deu bastante trabalho quando foi meu aluno. Mas (aos risos) agora você pode me compensar por aquilo.

Você viria à minha aula de Teologia da Fé e contaria aos meus alunos o que você acabou de me contar? Se eu lhes contasse não seria a mesma coisa, não tocaria tão fundo neles!

- Oooh!... eu me preparei para vir vê-lo, mas não sei se estou
preparado para enfrentar seus alunos.

- Então, pense nisto. Se você se sentir preparado, telefone para mim.

Alguns dias mais tarde, Tom telefonou e disse que falaria com a minha turma. Ele queria fazer aquilo por Deus e por mim. Então marcamos uma data. Mas, o dia chegou... e ele não pode ir.
Ele tinha outro encontro, muito mais importante do que aquele.

Ele se foi... Tom havia dado o grande passo para a verdadeira realidade. Ele foi ao encontro de uma nova vida e de novos desafios.

Antes de ele morrer, ainda conversamos uma vez.

- Não vou ter condições de falar com sua turma. - ele disse.

- Eu sei, Tom.

- O senhor falaria com eles por mim? O senhor falaria... com todo mundo por mim?

- Vou falar, Tom. Vou falar com todo mundo.Vou fazer o melhor que puder.

Portanto, a todos vocês que foram pacientes, lendo esta declaração de amor tão sincero, obrigado por fazê-lo.

E a você Tommy, onde quer que esteja, aí está: eu falei com todo mundo... do melhor modo que consegui. E espero que as pessoas que tiveram conhecimento desta história, possam contá-la aos seus amigos, para que mais gente possa conhecê-la..."


Esta é uma história verídica, narrada por John Powell, S.J., professor de Teologia da Fé, da Loyola University de Chicago, EUA.
Se você gostou, e quer que a linda história de Tonny seja propagada, faça uma página para ele ou conte a história a alguém. 
 

12 comentários:

  1. rsrs fico feliz em saber que gostou =)
    Tenha uma ótima noite..

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  2. Olá, amei sua visita e se o meu transmite amor o seu é um amor!!!! Vou te seguir também. Cris

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    1. Oi Cris, obrigada por seguir o blog, fico feliz que gostou, volte sempre, você será bem vinda!!! Abraços.

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  3. Emocionante esta história. Vale realmente a pena ler toda, da até vontade de chorar. Não tenho blog, te convidei no orkut, parabéns pelas postagens, Marcela, bjus

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    1. Olá Marcela! Seja bem vida! Você pode er uma seguidora do blog, não precisa ser blogueira, com a conta do orkut você participa. Te Add no orkut, obrigada. Fico feliz que gostou da mensagem, volte sempre.Feliz Natal e um Ano Novo de muita paz e sucesso.

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  4. Olá querida!!

    Que história comovente...

    Parabéns minha amiga.

    Meu filho vai ensinar-me a postar seu blog no meu espaço.

    Beijos e Deus te abençõe com ricas bençãos.

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    1. Oi Ivaneide!! que bom que gostou, faça o seu selinho também!! Volte sempre, você sabe que será sempre bem vinda!1 Abraços.

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  5. Não importa o que você fez no passado, ou no dia de hoje, Deus te ama mesmo assim !!! Só Ele conhece teu coração e sabe o que você guarda ai dentro no teu íntimo. Jesus morreu no teu lugar, para perdoar o teu pecado e Ele te convida para deixar tua culpa de lado, entregue teu sentimento aos pés da cruz e receba do amor do Pai. Deus é fiél e nos dá oportunidade para recomeçar, pois a cada manhã tudo se renova e esse renovo Tommy teve. Essa historia é realmente muito comovente, muito triste e ao mesmo tempo muito feliz por que ele teve realmente o encontro com Deus o nosso salvador houve tempo para ele dar valor as coisas que muitas vezes parecia insignificante, pois ele realmente soube dar os valores necessarios aos seus familiares pois nunca é tarde para dizer TE AMO, pois tenho certeza que ele morreu feliz por ter tido a oportunidade de fazer os seus familiares felizes e ter falado que os amava. Que Deus abençoe a todos os familiares e amigos de Tommy.

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    1. Obrigada pela participação, seu comentário foi muito importnte, volte sempre, fique a vontade este cantinho é de todos que amam uma boa leitura. Abraços

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  6. Olá,humana,respeitável e notabilíssima pessoa!

    Eu sou apenas um simples semianalfabeto, pois não tenho sequer o diploma do primeiro grau. Entretanto, quis o bondoso Deus me revestir de uma percepção e de um olhar mais apurado, para que eu pudesse ver as maiores belezas da vida. E uma dessas belezas foi tomar conhecimento do seu maravilhoso trabalho e ver e ser testemunho do quanto você se tornou numa predileta filha de Deus; numa pessoa admirável, respeitável e amada por todos aqueles se acercam de ti.

    Acabei de escrever o meu primeiro livro, cujo tema principal é a cidade de São Paulo, ante o reprovável procedimento dos governantes e da ampla maioria dos habitantes da Paulicéia que estão vivendo num estado letárgico, e que não percebem a urgente necessidade que temos de nos mobilizar, para efetuarmos ações concretas que nos possibilite o bem-estar e o desenvolvimento humano e social. Esse livro já está em adiantado processo de editoração; acredito que, no mais tardar; ele deve estar impresso até o décimo dia do mês de janeiro de 2013.
    Espero contar com você na divulgação do mesmo.

    Aceite o meu respeitoso beijo nas fibras do seu coração.

    Zezé Dias


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    1. Obrigada pela visita. Parabéns pelo livro, suceso. a vida é uma grande escola, e todos nós aprendemos sempre, basta querer e se esforçar. feliz natal!!

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Muitas vezes, a correria de nossas vidas nos impede de dar atenção ao que realmente vale a pena. Agradecer é uma das coisas que acabam ficando esquecidas nesta correria do dia-a-dia.
Pode ser por um simples gesto ou por uma grande atitude, mas o agradecimento nunca deve ser esquecido. Obrigada pela atenção e carinho e por ter vindo até aqui comentar minha postagem. Saiba que é importantíssimo para a valorização do que escrevemos.
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