Os valores da educação
Por Gabriel Chalita
A educação é o bem maior de uma sociedade. Quando os cidadãos são
alfabetizados e o conhecimento, universalizado, um país desenvolvido e
justo – em que a democracia seja, de fato, praticada por todos e para
todos – faz-se possível.
O valor da educação é inestimável; dizemos, assim, que sua
importância é tamanha que se torna impossível medi-la. Entretanto,
quando se fala em educação, há outra acepção do termo “valor” que não
pode ser ignorada. Trata-se do valor medível, contável, que se traduz em
investimentos financeiros na área.
De acordo com o Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), o investimento público total em educação no Brasil cresceu de
4,7%, em 2000, para 5,7% do PIB em 2009. Espera-se cumprir a meta 20 do
Plano Nacional de Educação (PNE) 2011– 2020, que estipula 7% do PIB a
ser investido nesse campo; é o mínimo aceitável em um país onde a
educação tem se mostrado deficiente.
Do valor inestimável da educação aos valores orçamentários aplicados
nos diferentes níveis de ensino, é preciso notar que, apesar de
melhorias, há muito a ser feito. Os mesmos números do Inep apontam que,
na educação infantil, de 2000 a 2009, não houve evolução nos
investimentos – sempre correspondentes a 0,4% do PIB. Já os anos finais
do ensino fundamental (de 5ª a 8ª séries) foram os que receberam mais
recursos: de 1,2%, passaram a 1,8% do PIB. É necessário o
estabelecimento de políticas que considerem a significância de todas as
etapas educacionais, de modo a conquistar-se a excelência no ensino e o
interesse dos brasileiros por uma formação completa e contínua. O
próprio Anísio Teixeira revoltava-se ao saber, depois da análise de
estatísticas, que muitos dos alunos matriculados na rede pública não
conseguiam dar continuidade a seus estudos, ficando frustrados
mentalmente e incapacitados para alcançarem um padrão de vida de simples
decência humana”.
Sabemos que investir nos professores é fundamental para que se
alcance o objetivo de formar cidadãos conscientes, tanto para a vida
quanto para o mercado de trabalho. Aos docentes, formação continuada,
planos de carreira, revisão de salários, incentivo à participação em
debates e na tomada de decisões que envolvam a educação no País; quem é
educador sabe que profissio¬nais capacitados e satisfeitos transmitem
com muito mais paixão e assertividade seus conhecimentos.
Merece nossa atenção, ainda, o conceito de escola de tempo integral,
sonho alimentado, primeiramente, por Anísio Teixeira. Sua implantação na
educação básica é a melhor solução para o desenvolvimento de crianças e
de adolescentes. Ao passar mais tempo na escola, o aluno dedica-se com
afinco aos estudos (e, por conseguinte, aprende melhor), socializa-se,
pratica atividades lúdicas e esportivas, alimenta-se adequadamente,
sente-se capaz e acolhido. Nesse processo, a participação dos pais ou
dos responsáveis é essencial. Todos os envolvidos devem vislumbrar a
escola como um espaço de luz, de pertencimento.
Quando valores financeiros são aplicados, de forma ética e planejada,
no bem maior da sociedade, dá-se o valor – nesse caso, “reconhecimento,
de um ponto de vista afetivo, da importância ou da necessidade (de algo
ou alguém)”, como traz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa –
devido a alunos, a professores e a todo o País. Como afirmou Paulo
Freire, “se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a
educação pode”. Assim, valorizá-la é ajudar a edificar o Brasil pelo
qual trabalhamos – e no qual, entre percalços e vitórias, acreditamos.
Sou fã do Gabriel Chalita, já tive oportunidade de está com ele na Canção Nova, alem de ser um grande pensador ele é uma pessoa incrivel.Com certeza, a educação é o caminho. abraços Ana.
ResponderExcluirObrigada pela visita e colaboração comentando. Volte sempre! Abraçoss
ExcluirGOSTO MUITO DE LER SUAS OBRAS E OUVIR SUAS PALESTRA. SOU DO INTERIOR E NÃO tenho CONDIÇÕES DE OUVI - LO DE PERTO ...MAS FAZER O QUE ??? APROVEITO TODO TEMPO PARA APRENDER CONTIGO.
ResponderExcluirPARABÉNS !!!! VC NOS FAZ AMAR NOSSA PROFISSÃO.
DEUS LHE ABENÇOE SEMPRE.
Patrícia da Silveira Souza