Classe
docente no Brasil.
Ser
professor hoje é uma tarefa bem difícil, mas prazerosa, pois ele precisa se
dedicar, e muito, aos estudos, a pesquisa, ao seu desenvolvimento profissional
e aos seus alunos.A profissão docente é uma das mais difíceis, pois temos
desafios todos os dias, como ensinar o aluno a pensar, a pesquisar, etc.
Poucas
profissões, em todo o mundo, gozam de tanto prestígio junto à sociedade quanto
os professores. Transmitir conhecimento, a crianças ou adultos, é tido como uma
bela 'vocação' pela maioria das pessoas. Como toda a sociedade, porém, o
trabalho realizado pelos docentes sofreu profundas alterações nos últimos anos.
As bases para as transformações estão na própria evolução vivida no mundo. E
não apenas tecnológica, mas também de comportamento, pedagógica, na
administração do ensino, no comportamento dos alunos e no reconhecimento pelo
trabalho.
A
situação atual dos professores é semelhante ao século XVIII, em relação ao
salário pago. O salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o
terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento
comparados em um estudo da UNESCO.
"Segundo
o estudo, apenas Peru e Indonésia pagam salários menores a seus professores no
ensino primário - que equivale a 1ª à 6ª série do ensino fundamental - do que o
Brasil. O resultado do Brasil melhora um pouco quando se compara os salários no
topo da escala de professores do ensino médio. Nesse nível de ensino, há sete
países que pagam salários mais baixos do que o Brasil, em um total de 38".
(GOIS, 2009).
Com os baixos
salários oferecidos no Brasil, poucos jovens acabam seguindo a carreira. Outro
problema é que professores com alto nível de educação acabam deixando a
profissão em busca de melhores salários. O Brasil é um dos países com o maior
número de alunos por classe, o que prejudica o ensino, isto é, existem mais de
29 alunos por professor no Brasil.
Em outra
situação, ser professor tem sido mais uma vivencia de dor do que de dom. A
violência nas Escolas ultrapassou todos os limites. Os alunos em geral tem uma
grande noção sobre os seus direitos previstos no Estatuto da Criança e do
Adolescente, dando-lhes a liberdade no ambiente escolar. No final a violência
sobra para todos os membros da comunidade escolar. As pessoas não entendem que
junto com o direito vem o dever da obrigação e do respeito humano. Porém nem os
pais de alunos e muito menos os alunos entendem essa dinâmica social.
A lousa,
o caderno, o lápis e a borracha, tão comuns à sala de aula, não é de hoje
convivem com o porte de armas, a atuação de gangues e do tráfico de drogas, o
furto e a agressão física e verbal.
Segundo a
revista Veja (17 de Junho 2009), 46% dos professores dizem que sua maior
dificuldade é conter a indisciplina e despertar a atenção dos alunos; 52%
admitem atitudes agressivas com os estudantes, tendo sido irônicos ou rudes;
47% já sofreram agressões verbais na sala de aula e 11% chegaram a ser
agredidos fisicamente.
A
violência que ronda as escolas atinge todas as classes sociais, mas é mais
presente nos bairros mais carentes. O motivo, segundo os especialistas, é a
falta de estrutura familiar e a carência financeira e muitas vezes afetiva que
levam a uma degradação dos valores morais e éticos que norteiam a sociedade.
Outra
dificuldade que os professores encontram é que muitos destes são especialistas
em uma área e lecionam em uma outra, devido a falta de professores.Ou seja, são
professores que se formaram em outras áreas e estão nas salas de aula,
ensinando coisas que não estudaram na graduação. A situação mais crítica é na
disciplina de artes, seguida de geografia, matemática e língua estrangeira.
Embora o
próprio governo tenha tomado iniciativas para melhorar o nível dos professores,
os grandes agentes de transformação têm sido os próprios. A rotina vivida dentro
da sala de aula tem levado os docentes a repensar métodos pedagógicos,
instrumentos de ensino, uso de tecnologias e o relacionamento com os alunos.
Apesar de
todos esses aspectos negativos que envolvem a classe docente, ser professor
deve ser muito mais um dom que a própria dor. Ser professor hoje é viver
intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se
pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores, numa
visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em
consciência crítica, mas também formam pessoas.
AUTORIA:
FONTES:
Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm Acesso em: 21 de Setembro
de 2009.
NOVA
ESCOLA. São Paulo: Abril, n. 224, Agosto de 2009.
VEJA. São
Paulo: Abril n. 23, 10 de Junho de 2009.
CHALITA,
Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente,
2001.
GOIS,
Antonio. Para Unesco, Brasil paga pouco a professor. Disponível em:
http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/unesco.htm. Acesso em 15 de Setembro de
2009.
KLEIN,
Ruben. Como está a Educação no Brasil? O que fazer? Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n51/a02v1451.pdf. Acesso em: 14 de
Setembro de 2009.
Refletindo esta postagem, fico a imaginar: o texto não é recente, mas professora valeu sua postagem para lembrar que o tempo passa e as coisas continuam do mesmom jeito. tem classe mais sofrida que professor e continuamos na luta por uma educação de qualidade. Tem muitos professores bons no brasil, o que falta é pelo menos que a lei seja cumprida, que Estados e Municípios sejam de fato obrigados por lei pagar no mínimo o piso do professor que é muito pouco. Principalmente municípios por ai, não pagam o piso salarialdo professor, onde está a lei?? Continue postando seu blog está muito bom, Parabéns!!! Carlos Antônio.
ResponderExcluirCarlos Antônio, seu comentário foi muito importante, continuamos na luta, mas se ficarmos calados com vendas nos olhos, tudo continuará do mesmo jeito. Obrigada por comentar, volte sempre.
ExcluirSou professora também da rede municipal e concordo com a reflexão do Carlos Antõnio, se as Leis fossem cumpridas com rigor, todos os municípios teríam que pagar no mínimo o piso aos seus professotre.
ResponderExcluirComo diz o poeta" O futuro da nação está nos mãos dos educadore".
gostei do blog professora, continue postando. Carolina.
Oi Catarina! só agora estou respondendo, mas que bom tua participação, obrigada por comentar, volte sempre.
ExcluirQuero pedir desculpas, quando escrevi "professores" e " educadores" errado no meu comentário, postei e como não sou boa em computação não soube fazer a correção. Mais uma vez desculpe. Carolina.
ResponderExcluirNão se preocupe, o importante é o comentário.
ExcluirGostei muito da postagem e achei muito interessante os comentários dos professores acima. Realmente, o nosso salério não está a altura dos nossos trabalhos, principalmente quem é professor da rede municipal, esses sim não cumprem as leis mesmo.Parabens pela escolha do texto.
ResponderExcluirObrigada pela participação, sua reflexo é muito importante. Volte sempre.
ExcluirRealmente o Professor ainda continua sendo o mais desvalorizado do Brasil... cobra-se tanto e o salário quando é cobrado não é cumprido.
ResponderExcluirSomos Educadores, vamos lutar sempre pelos nossos direitos e não devemos cruzar os braços diante dos corruptos...
Concordo com você, o professor não recebe devidamente bem no Brasil e as leis não são cumpridas igualmente para todos. Obrigada, volte sempre.
ExcluirJá tinha vindo outras vezes no seu blog profesora, eu também sou professora, nossa missão é mesmo espinhosa, pena não ser devidamente reconhecida. Parabéns amo seus posts, todos de bao qualidade. Ana
ResponderExcluirOla Ana! que bom que sempre visitas o meu blog, volte sempre esse cantinho é nosso. Obrigada!!Realmente a nossa missão é muito espinhosa.
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