domingo, 28 de setembro de 2014

MENSAGEM DO DIA 28-09-2014 "AMOR É AMOR"





AMOR É AMOR


Nunca ninguém me ensinou a viver. Apenas me deram um corpo e me ordenaram: vive. Nunca ninguém me ensinou a amar. Apenas me deram uma alma e ordenaram: ama. Assim prossegui pelo caminho da vivência desfolhando significados. Mas nada! Nenhum livro, poema ou mandamento me fez crer em sua existência.
 Ele existia porém, os sábios assim contavam e sobre ele cantavam os enamorados. Mas nem em músicas eu achei o seu valor. Nem nos lábios em que o procurei eu achei o seu calor. E quando julgava ele pousando em minha mão logo vinha um pássaro maior e o levava.

 Foi com essa mão cheia de nada que eu cumprimentei a ilusão, que me dei a conhecer à saudade, que tomei em meus braços a dor (abraço forte, amargo afago). Com essa mesma mão escrevi sobre o amor como um cego que conta as estrelas. Escrevi como um surdo compondo a mais bela das sinfonias. Passei a correr atrás de borboletas, a perseguir pirilampos. Corri do mundo todos os cantos, vales e valetas. Desbravei à faca todas as matas. 

Mas nada, nada sobrou senão momentos! E sobre esse nada me debruçava e com todas as letras o descrevia. Das montanhas geladas que escalei e dos desertos em que me joguei só recolhi ecos e desesperos. E com esses restos o reescrevia. Descrevi céus e oceanos, grãos de areia e universos. Desenhei esboços complexos de todas as frentes, de todos os versos, de todos os objetos e sentimentos, mas do amor... Do amor nem o mais fino dos traços, nem o “era uma vez”, nem um ponto final. Foi então que larguei os vestígios dos pedaços dos porquês. Depois de tanto tempo decorrido me encontrava onde tinha partido.

 Tudo finda quando o frio aperta, a sede mata e a caneta se farta de tanta agonia. E para que não findasse, como que num ato de auto defesa, fechei os olhos para o que me rodeava (para nunca mais os abrir). E num ato de auto estima me fechei que nem ostra para a vida (para nunca mais me abrir). Mas ao me fechar e ao fechar dos olhos encontrei uma coisa linda! Enquanto o coração desacelerava e a respiração ainda ofegante acalmava, veio uma paz! Uma paz tão intensa que me fez chorar..Decidi abrir os olhos e me abrir para um nunca mais fechar.

 É que o amor não se encontra em vãos de escada ou escorrendo pelos passeios. Não está debaixo de nenhuma pedra de calçada nem escondido na cor de seja o que for, do que quer que seja. Amor não sobeja de uma fonte nem se esconde por detrás de um monte. Não há ponte que a eles nos leve. Amor não se almeja nem se descreve. Não se grita aos sete ventos. Amor não é momentos. Amor não é sentimentos. Amor é...
Amor é...


Autor desconhecido


2 comentários:

  1. Boa tarde professora Lourdes.
    Muito nos ensina com seus maravilhilosos textos.
    O amor verdadeiro começa quando nenhuma retribbuição se espera
    O amor não é olhar um para o outro;é olharem os dois na mesma direção.
    Feliz domingo. E uma excelente semana.
    Bjs

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  2. Professora Lourdes ..
    Lindo o texto escolhido .
    O amor realmente não aprendemos na escola ,
    mas através de um sorriso uma palavra ou mesmo num olhar.
    Um feliz final de Domingo.
    Uma abençoada semana beijos.
    Evanir.

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