O primeiro deles é fresco e cheio de peixes. Possui margens adornadas com bonitas plantas e muitas árvores as rodeiam, debruçando seus galhos em suas águas, enquanto deitam as raízes nas águas saudáveis para se dessedentarem.
Suas praias são acolhedoras e as crianças brincam felizes e tranquilas.
Esse mar de borbulhantes águas é constituído pelo rio Jordão. Ao redor dele, tudo é felicidade.
As aves constroem os seus ninhos, enchendo com seus cantos a paisagem de paz e de risos. Os homens edificam suas casas nas redondezas para usufruírem dessa classe de vida.
Mas, o rio Jordão prossegue para além, em direção ao sul, em direção a outro mar.
Ali tudo parece tristeza. Não há canto de pássaros, nem risos de crianças. Não há traços de vida, nem murmúrio de folhas.
Os viajantes escolhem outras rotas, desviando-se desse mar de águas não buscadas por homens, nem cavalgaduras, nem ave alguma.
Se ambos os mares recebem as águas do mesmo rio, o generoso Jordão, por que haverá entre ambos tanta diferença?
Num, tudo canta a vida, noutro parece pairar a morte.
Não é o rio Jordão o culpado, nem causa é o solo sobre o qual estão, ou os campos que os rodeiam.
A diferença está em que o Mar da Galiléia recebe o rio, mas não detém as suas águas, permitindo que toda gota que entre, também saia, adiante.
Nele, o dar e receber são iguais.
O outro é um mar avarento. Guarda com zelo todas as gotas que nele ingressam. A gota chega e ali fica. Nele não há nenhum impulso generoso.
O Mar da Galiléia dá de forma incessante e vive de maneira abundante.
O outro nada dá e é chamado de Mar Morto.
Tecendo um paralelo entre o coração humano e os dois mares descritos, podemos logo reconhecer se temos uma alma generosa igual ao Mar da Galiléia ou avarenta e ciosa qual o Mar Morto.
Os que estamos habituados a distribuir os dons e talentos que a Divindade nos concede, somos os seres agraciados com a alegria de viver, farto círculo de amigos, flores de carinho e folhagens de ternura.
Se nos habituamos a viver sós, sem nada repartir, dividir ou partilhar, estamos semeando solidão à nossa volta, tristeza e desamparo, porque a vida é qual imensa seara que retribui a sementeira, de acordo com os grãos cultivados.
Oi, Lourdes!
ResponderExcluirAh, esse passarinho rosa fica na frente de tudo né? Pelo menos para mim que estou escrevendo no celular. SE tiver erro não liga! Eu estive aqui antes e segui seu blogue, daí perdi a conexão e só agora estou voltando para comentar seu texto.
Eu li esse texto no blogue da Santa Casa quando uma amiga esteve internada e fui fazer-lhe companhia. Achei bastante interessante o paralelo que o autor fez dos dois mares. Porém, deve ter sido no passado, pois o Mar morto é um lugar extremamente bonito e procurado por turistas que querem descansar. A água é bastante salgada - 10 vezes mais que qualquer mar - porque ele se localiza no ponto mais baixo do mundo a quase 400 metros abaixo do nível do mar e os turistas procuram por causa dos benefícios para a saúde. A água é morninha... e não é preciso usar filtro solar, porque lá é o lugar onde tem menor incidência de raios UV-B. Cleópatra adorava ir se cobrir de barro preto. Viu? Não era só de leite que ela gostava de tomar banho.
Acho que me empolguei e deixei o comentário enorme!
Bom restinho de semana!!
Lourdes, você já testou comentar no seu blogue? Depois me diz como se saiu, porque a tal corujinha fica em um lugar que ao clicar "publicar", não vai para a frente. Clica, clica...só que daí temos que rolar quase no rodapé para sair do cerco da coruja!
ResponderExcluirNão se aborreça comigo, estou querendo apenas ajudar!
Oi Luma! Obrigada pela visita e por seguir o blog. Obrigada por me avisar, retirarei a corujinha, mesmo gostando dela porque gosto mais que meus seguidores e leitores sintam-se a vontade e sem prejuisos na visita. Eu não sabia que prejudicava a visão poqeu ela rolava. Já retirei.Volte sempre, bjuss
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